Estefane Mendes da Silva

Estefane Mendes da Silva, nascida em 1999 na cidade de Conceição do Coité-BA, graduanda do curso de Licenciatura em Letras com Habilitação em Língua Portuguesa e Literaturas, da UNEB (Universidade do Estado da Bahia) campus XIV. Além de produzir os seus próprios livros de forma artesanal, a autora é membro da equipe Caburé Literatura, integrante do Coletivo Marielles, participante do grupo de pesquisa Literatura e Diversidade, membro do Café com Paulo Freire Nacional, integrante do Núcleo de Artes Literárias e Musicais da sua cidade e membro do coletivo Revolution Reggae.

Poetisa, ativista, militante e feminista. Amante da vida, vivendo cada dia como se fosse o último. A poetisa acredita na humanidade, nas energias e na reciprocidade do universo. Expressa em sua poesia o amor pelas coisas simples, pois vê na simplicidade, o real motivo para ser grata.

De uma rotina frenética para um recolhimento profundo, incerto e inédito, a quarentena mantém milhares de pessoas em isolamento social. A pandemia obrigou às pessoas a desacelerarem, e, nós artistas, dificilmente conseguimos ficar estáticos. É sabido que cada pessoa está lidando com o isolamento de diferentes maneiras... Eu, por exemplo, enquanto pessoa, e principalmente enquanto artista), resolvi inovar e lançar esse exemplar de forma que as aleatoriedades cotidianas se tornem memórias afetivas importantes para manter o lado humano aquecido.
[...] Descompasso no tempo: Poemas comuns em dias estranhos, surge com o intuito de levar entretenimento, carinho e algumas risadas a esse(a) leitor (a) que também acredita que a arte salva e nos torna mais empáticos.

“Moça, seu corpo é sagrado
não deixa ser emoldurado
nem por ele, nem por ninguém

Banha-se de empoderamento
Liberta-se das correntes
Dança no caos
e sinta o fervor da liberdade”

Um livro de poemas amorosos, que tem o intuito de chegar mais perto do leitor através das entrelinhas.
O livro é dividido em quatros partes denominadas de: Instantes, Incógnita, Notas sem títulos e Tributos à. As três primeiras se baseiam em poemas de amor produzidos nas mais variadas formas, e na quarta e última seguem homenagens a pessoas e a alguns substantivos abstratos.

“Tua boca é tão doce
Pra o teu jeito selvagem
Grotesco e rústico
Largado e sensual
Igual a tu; nunca que vi igual.”

Livro de poemas amorosos que visa abranger os diversos gêneros e mostrar o amor nas mais variadas formas. A autora apresenta “escrevivências” descritas de modo singelo e permitindo que o leitor se aproxime do seu interior.
O título já causa uma certa curiosidade, não é mesmo? O sentido da palavra “notas” que não é o literal (dar notas) como em uma avaliação, nem notas musicais ou mesmo o sentido judiciário. Notas vem como um breve resumo escrito do que foi lido, ouvido, observado e vivido, um escrito que pode ser detalhado de forma a positivar ou renegar alguém/algo.

“Do alto
Eu imagino
Nós duas- no céu
Azul é a cor mais quente..”

EU, DONA DE MIM é um conjunto de poesias em forma de manifesto, de resistência, e de denúncia contra um sistema opressor bastante estruturado.
A partir do seu lugar de fala a autora reflete seu ativismo e intencionalmente cria um espaço híbrido entre amor e revolução, já que para ela são linhas que se intercruzam.Em formato de registro a autora cartografa nessas páginas seus sentimentos, dos mais amiúdes até os mais profundos.

"quando se almeja voar
é difícil frear o pouso
há sempre um horizonte novo
pra se alcançar"